domingo, 27 de março de 2022

Vistas e Costumes da cidade e arredores do Rio de Janeiro 1819-1820 -

 

Transcrito do original para o português atual 
por Celso Frederico Lago

ORIGINAL

Sobre o autor - Trecho  da apresentação extraída do livro.

"O autor de "Vistas e costumes do Rio de Janeiro" era o filho mais velho de Sir Henry Chamberlain, cônsul geral e encarregado de negócios de Sua Majestade Britânica no Rio de Janeiro,  de 1815 a 1829. Representando os interesses ingleses no Brasil durante quinze anos, Sir Henry adquiriu, tanto junto a D. João VI quanto a D. Pedro I, um enorme prestígio. Não há dúvida de que foi a figura mais destacada do corpo diplomático acreditado nas cortes portuguesa e brasileira durante todo o tempo em que aqui viveu.

Terminada a sua missão no Brasil, Chamberlain voltou à Inglaterra com uma carta de recomendação de D. Pedro I, que muito serviu para que, mais tarde, viesse a obter o título hereditário de "baronete".

O cônsul Chamberlain casou-se duas vezes. O nosso aquarelista, filho do primeiro matrimônio, nasceu em 1796. Dos oito filhos do segundo casamento, cinco eram varões e três mulheres. Desses, dois foram generais e um chegou a almirante. O mais célebre deles foi o Marechal Sir Neville Chamberlain, famoso pelas suas campanhas na índia, que era carioca de  nascimento. Netos do cônsul foram o célebre· estudioso do Japão, Basil Hall Chamberlain, e o  famigerado Houston Chamberlain, casado com uma filha de Wagner. Descendentes de Sir Henry  ainda vivem na Inglaterra e guardam muitas recordações do Brasil: aquarelas originais do nosso  autor, um grande panorama, identificado por Joaquim de Sousa Leão, filho, como sendo do nosso  tenente, e álbuns de família, cheios de desenhos, "croquis", vistas tomadas em nosso país e outros lugares por onde andou.

O Brasil tornara-se para os Chamberlain uma recordação familial, não só pelo fato de ter aqui vivido o antepassado ilustre por tantos anos, mas também pela circunstância de terem incluído no brasão de armas uma esfera armilar, como que a lembrar o país distante, onde Sir Henry havia prestado os serviços que lhe valeram o titulo de "baronete". Para terminar esta pequena digressão sobre os ChamberIain, será útil lembrar que o ex-"premier" Neville ChamberIain (o do "guarda-chuva", alcunha com a qual passará à história) não tinha nenhum parentesco com a família do antigo Cônsul Geral do Brasil.

Entre tão eminentes e históricos personagens não faz pequena figura, para nós, brasileiros, o filho mais velho de Sir Henry, autor do livro que hoje aparece pela primeira vez em edição brasileira.

Seguiu a carreira das armas e quando veio ao Brasil, em 1819, era tenente de artilharia. Mais tarde, esteve na Nova Zelândia, na Colônia do Cabo e nas Bermudas, levando a vida monótona de oficial de tropas coloniais. Faleceu nas Bermudas, de febre amarela, relativamente moço, com 48 anos de idade. Dotado de verdadeiro talento de pintor, não procurou desenvolver o dom que recebera. No seu tempo, não ficava bem a um nobre oficial do exército ter fama de pintor. Era, entretanto, muito elegante desenhar e pintar displicentemente como amador. Rabiscar "croquis" em álbuns, anotar impressões em aquarelas era de bom tom e só podia favorecer a fama de um oficial bem nascido. Podia até chegar a publicar, à própria custa, é claro, um livro de impressões de viagens. A fama de "artista" não era das que podia ambicionar um gentil homem, oficial do exército de Sua Majestade. Esse preconceito tão arraigado na aristocracia europeia impedia o desenvolvimento de muito talento verdadeiro e foi esta, talvez, uma das razões que levaram o nosso autor a publicar um único livro, reunindo apenas algumas de suas aquarelas sobre o Brasil. A edição saiu como convinha à obra de um nobre amador: edição de luxo, tiragem de poucos exemplares.
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Rio de Janeiro- Outubro de 1943.
RUBENS BORBA DE MORAES"

Voyage Pittoresque Et Historique Au Brésil - Debret

Gravuras na parte final do livro

 

Jean-Baptiste Debret ou DeBret (Paris, 18 de abril de 1768 — Paris, 28 de junho de 1848), foi um pintor, desenhista e professor francês.

Integrou a Missão Artística Francesa (1817), que fundou, no Rio de Janeiro, uma academia de Artes e Ofícios, mais tarde Academia Imperial de Belas Artes, onde lecionou.

De volta à França (1831) publicou Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil (1834-1839), documentando aspectos da natureza, do homem e da sociedade brasileira no início do século XIX.

Uma de suas obras serviu como base para definir as cores e formas geométricas da atual bandeira do Brasil, adotada em 19 de novembro de 1889. Exímio artista, demonstrou em suas telas não somente o cotidiano do Brasil da época que englobava tanto a aristocracia, da população em geral e a vida dos escravos, como também acontecimentos históricos do período anterior à independência do país e nos anos seguintes. A primeira bandeira da história do Brasil independente é uma de suas obras mais importantes.

Fonte: Wikipédia

sábado, 26 de março de 2022

História da Pedagogia - Vol I - II - L. Riboulet




Louis Riboulet (Saint-Alban-d'Ay, 15 de janeiro de 1871 — 1944) foi um pedagogo, pedagogista e professor de filosofia francês na Instituição Notre-Dame de Valbenoîte, autor de diversas obras versando sobre os métodos pedagógicos.

Riboulet fez seus primeiros estudos na escola dos Irmãos Maristas em sua terra natal. Em 1886 ingressa no seminário da mesma congregação religiosa em Saint-Genis-Laval e, três anos após, obtém o título de professor primário, através do exame do Estado. Atendendo a convite, vai, em janeiro de 1890, à América do Norte, onde permanece até 1914.

De muito lhe valeram, para a sua formação pedagógica, as pesquisas e observações educacionais realizadas nesse período na cidade de Iberville, situada na região de Montérégie no Quebec, Canadá, e nos Estados Unidos. Aplicando-se intensamente aos estudos, diplomou-se no Institute of Scientific Study, da Universidade de Nova Iorque. Mobilizado, volta à França em 1914 e, anos mais tarde, retorna ao magistério, exercendo suas atividades no Colégio de Notre-Dame de Valbenoite, em Saint-Étienne. Em 1925 publicada em cinco volumes a História da Pedagogia (título original em francês, Historie de la Pédagogie), obra premiada pela Academia Francesa no ano seguinte. Seguiram-se Psychologie appliquée à l'Éducation, Rumo à Cultura (Conseils sur le Travail Intellectuel), Disciplina Preventiva (La Discipline Préventive et ses Éléments Essentiels) e Méthodologie Générale. Como trabalho póstumo, apareceu L'Eglise et l'Éducation de l'Ère Chrétienne au XIV Siècle. Várias de suas obras foram traduzidas para o português. Riboulet era contrário aos expedientes tradicionais de educação, vigentes à época, que incluíam punições físicas aos alunos que não tinham um bom desempenho escolar.

Fonte: Wikipedia.


 



sábado, 19 de março de 2022

Voyage To Brazil - Maria Graham

 


Maria Dundas Graham Callcott
(1785, Papcastle, Inglaterra - 1842, Kensington Gravel Pits, Inglaterra)

Escritora e aquarelista, casada em segundas núpcias com o pintor inglês Augustus Wall Calcott (1779-1844). Esteve na Índia de 1808 a 1815 e, depois de passar pelo Chile, chegou ao Brasil em 1821. Aqui permaneceu, com algumas interrupções, de 1821 a 1825. Em 1824 publicou em Londres o livro Journal of a voyage to Brazil and residence there during part of the years 1821, 1822, 1823, texto de sua autoria com ilustrações suas e de Augustus Earle, com quem manteve contato na corte. Em sua primeira permanência no Brasil visitou Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro. De volta ao Brasil em 1824, foi preceptora da princesa Maria da Glória, filha do Imperador D. Pedro I. Foi uma observadora atenta dos nossos costumes e de nossa vida social. No diário que aqui escreveu, suas observações sobre animais e plantas, sobre a escravidão, sobre a nossa geografia e sobre tantos outros aspectos da vida brasileira, são inestimáveis fontes de consulta. Da paisagem do Rio de Janeiro, registrou em desenhos a Baía de Guanabara, a Lagoa Rodrigo de Freitas, os bairros de Copacabana, Gávea e Catete. Algumas aquarelas de sua autoria integram os acervos da Biblioteca Nacional e do Museu de Arte de São Paulo.

Fonte: Site Catalogo das Artes
Maria Graham
Fonte: Wikipedia


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